24 de setembro de 2009

A exploração do desespero

exploração

Impressionante como a ganância, a falta de bom senso e de verdonha na cara podem levar a fotos inusitados. Não é segredo para ninguém a imensa dificuldade que os brasileiros em geral; pessoas físicas ou jurídicas, enfrentam atualmente para manter-se; de modo a minimizar custos, inventam as mais mirabolantes fórmulas; algumas honestas, outras nem tanto e outras puramente descaradas.

As pessoas, na ânsia de arrumar uma fonte de renda, acabam sujeitando-se às mais humilhantes formas de exploração. E, claro; muitas empresas deitam e rolam em cima.

Eu mesmo já passei por isso recentemente. Ano passado, aceitei uma vaga para instrutor de informática. Não é minha área, mas como era coisa básica, resolví encarar. Em pouco tempo, além de dar aulas, tambem queriam que eu cuidasse de matrículas, informações ao público, atendimento e toda a parte de secretaria, tudo referente ao curso de inforática.

A principio não me incomodaria, desde que houvesse comunicação e orientação. Poderiam simplesmente chamar-me para uma conversa, explicado: “olha, Douglas, nós estamos com problemas, estamos sobrecarregados, precisamos de sua colaboração, não é só dar aula, precisamos que vc. cuide da parte de secretaria, atendimento, matriculas, etc.” Eu teria respondido da seguinte forma: “tudo bem, mas como funciona isso”.

Daí, poderiam ocorrer duas hipóteses:

1. Eles passarem-me as devidas orientações.

2. Eles dizerem: “não sei; te vira! vai atrás da informação”.

Se ocorresse a Hipótese 2, eu recusaria tal papel e pediria demissão. O que ocorreu de fato foi: não me comunicaram absolutamente nada, não me passaram informação nenhuma e começaram a jogar as responsabilidades no meu colo; como quem diz “toma que o filho é teu”, não se deram ao trabalho nem de dizer “não sei, te vira”.

Além disso, incubiram-me de dar aulas na parte da manhã e não estavam pagando nem um tostão a mais por isso, nem mesmo a condução! alegavam estar sobrecarregados, sem tempo de fazerem os cálculos e que “mas para frente acertariam”

Cheguei a me queixar disso aqui no blog.

http://tavernadeivanhoe.blogspot.com/2008/09/e-barca-segue.html

Não sei como tiveram acesso a ele, mas a direção da instituição teve a manha de acessar meu blog, imprimir esse post e usar isso como pretexto para demitir-me. Alegaram que foi “antiético”, “ficou chato para a instiuição”. Em outras palavras: tratarm-me como um lixo e ainda quiseram sair de vítimas.

Ontem, ví mais um exemplo de exploração explícita ao desespero: fui a uma entrevista profissional que deixou-me indignado.

Foi numa conceituada empresa do ramo imobiliário da região. A vaga era para corretor de imóveis: tinha que fazer um curso para tirar a carteirinha do CRECI. Eles não pagavam absolutamente nada: salário, ajuda de custo, condução, nem ajuda p/ pagar o curso!!! Só comissão: vendeu ganha, não vendeu não ganha.

Ou seja; tinha que pagar p/ trabalhar e pagar p/ estudar!!!

Ora, se querem minimizar custos, é um direito que lhes assiste; então que recrutem corretores formados, já com CRECI!!!

Fiquei passado!!

É, esse é o nosso querido Brasil. O eterno país da “lei de Gérson”.

19 de setembro de 2009

Sei Lá…

caminho

Sei Lá "A Vida Tem Sempre Razão" (com Tom Jobim e Chico Buarque)

Miúcha

Composição: Toquinho/Vinícius de Moraes

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação
Sei lá, sei lá,
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Eu só sei que ela está com a razão
Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Só sei que ela está com a razão
Ninguém nunca sabe
Que males se apronta
Fazendo de conta
Fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
O sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é um descuido do não
Sei lá, sei lá
Eu só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá,
A vida tem sempre razão
Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá,
A vida tem sempre razão
Sei lá, sei lá,
Sei lá, sei lá,
Sei lá, sei lá,
Sei lá, sei não!

Dia desses tava “ouvindo” a abertura da nova novela das 8 e fiquei pensando: sabe que eles tem razão. Altas filosofias!!!! Confesso que tb., sei lá…

Mudando de assunto: mais um ano que não poderei ir na Oktoberfest…

Ainda vou passar uns 15 dias prá aqueles lados e curtir todas as festas!!!!

De resto, tudo igual…

11 de setembro de 2009

Revendo, reciclando…

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No alvorecer de um novo dia há sempre uma oportunidade. Ou como diz a canção: “como um novo dia nasce em cada amanhcer”. Seja lá o que isso signifique.

Sempre tive uma necessidade de escrever nem que fosse só por escrever. Na escola minhas redações faziam sucesso. Com o acesso aos computadores a as maravilhas do Word, então, o entusiasmo foi tanto que comecei até à escrever um livro. Achei que tivesse perdido o dito cujo. Eis minha surpresa quando, ao fazer uma limpeza em meus pertences, encontrei alguns disquetes dos quais nem me lembrava mais. Entre eles, um contendo os esboços do que um dia possa vir a ser o meu livrinho. Surpresa: mais de 100 páginas em tamanho A4 e fonte 12. Trasferindo isso para o tamanho padrão de um livro, deve dar entre 120 e 150 páginas!!! Bom, só adianto que o projeto está temporariamente paralisado. Muitas de minhas idéias e conceitos modificaram-se muito desde o dia em que comecei a escrever a dita obra de ficção.

Agora, a grande sacada mesmo veio com a internet e os blogs, o orkut, etc. Desde o dia em que tomei contato com tais ferramentas, venho tirando faíscas dos teclados ao meu dispor!!!! Ora para desabafar (traduzindo: reclamar da vida), ora para contar piadas, ora para protestar.

Escrever, para mim, nada mais é do que um grande barato. Eu tive um professor na faculdade que dizia que “é preciso um propósito para escrever qualquer coisa, caso contrário, é perda de tempo e de energia”.

Será mesmo? Bom, meus propósitos podem não ser os mais nobres e pode ser que sequer existam!!! Entretanto, o prazer de escrever constitui para mim um propósito justo, se é que é um propósito!!!

Estou tentando retomar o universo blogueiro, postar com mais regularidade, não somente para lamentações e sim para, sei lá; “escrever sem propósito algum”, prá desgosto de meu antigo professor. Vistar os blogs que a muito não visito, quiçá descobrir outros blogs novos, talvéz. Mas, sempre mantendo-me na ativa.

 

para o alto e avante!!!

4 de setembro de 2009

Dejavu (ou rande vous mesmo?!)

Já rodou muito na net e foi até Top Five do CQC, já tá até manjado, a cena do Balanço Geral do Espírito Santo.

Assim que ví o vídeo, automáticamente lembrei-me daquela máxima do Velho Guerreiro Chacrinha: “em televisão, nada se cria, tudo se copia”.

Também lembrei do grande nome do jornalismo mundo-cão: Luís Carlos Alborghetti. Imitado inicialmente pelo discípulo Carlos Massa, o Ratinho; que atuava como reporter no programa “Cadeia Nacional”, apresentado por Alborghetti na CNT. Ratinho imitou praticamente tudo: o cassetete, o jeito explosivo e até mesmo o tom de voz (e as vezes a própria voz). Por volta de 1994, Alborghetti elegeu-se deputado; na época havia uma lei que proibia parlamentares de apresentar programas de rádio e TV. Foi aí que Ratinho entrou para subistitui-lo e daí prá frente não parou de subir: logo trocava a CNT pela Record, depois para o SBT, onde está até hoje.

Em 1998, Alborghetti voltou a apresentar o programa Cadeia Nacional na CNT e não perdia a oportunidade de alfinetar o discípulo, com comentários do tipo “tem nego que começou aqui comigo, aprendeu tudo aqui comigo e agora tá fazendo programa de palhaçada”. Apesar de negar, tá na cara a inveja que Albroghetti tem do discípulo.

Enfím, em termos de micagem, o rapa lá do ES tem muito a aprender com Dalborga (apelido que o próprio jornalista se deu).

Abaixo, um clássico do You Tube. Alborghetti comenta sobre um sujeito filiado ao PV que financiou material de campanha com um carro roubado do Secretário de Segurança de Minas Gerias:

Opositor ferrenho dos Direitos Humanos, ou melhor, das comissões que defendem direitos dos criminosos; Dalborga chega a comemorar a morte de um criminoso:

Polemico, radical e outros adjetivos. Dalborga também criou fama com máximas desse naipe:

Agora, prá fazer a inveja do apresentador do Balanço Geral-ES: a matéria era sobre um sujeito que estava sendo assaltado no carro, quando de repente, o assaltante caiu fulminado por uma bala perdida, interrompendo o assalto, ou melhor, finalizando-o. Como ninguém sabia de onde tinha vindo o projétil que atingiu o assaltante, Dalborga levantou a hipótese do tirol ter sido disparado por um extraterestre que desceu a Terra bem na hora H para salvar o assaltado. Abaixo, Dalborga tenta descrever como era o ET:

Bom; isso tudo chega a ser tragicômico. Afinal não se tratam de programas humorísticos. ou pelo menos não deveriam ser. No país da Zorra Total, da Praça é Nossa e onde até os Cassetas e o Pânico perderam a graça; rir de desgraças acaba-se tornando uma trágica opção